sexta-feira, 15 de fevereiro de 2008

There Will Be Blood


Por vezes, é melhor não ler críticas, é melhor não saber nada de nada, não criar expectativas... Não sei o que dizer, não consigo ainda decifrar e digerir o que vi... Perdi-me, perdi o fio à meada, desconcentrei-me, vagueei, dispersei...
Alguém me ajuda???????????

1 comentário:

Anónimo disse...

Acho que 'There will be blood' foi demasiado antecipado. Passei o filme todo a tentar perceber porque é que era tão bom como toda a gente dizia, e provavelmente essa atitude excessivamente analítica estragou-me completamente a experiência. Claro que, inquestionavelmente, é um exemplo de bom (aliás, óptimo) cinema. A realização é cuidada (PT Anderson está ao seu melhor nível), a história é poderosa (uma grande adaptação de PT Anderson com base no livro ‘Oil’ de Upton Sinclair), a fotografia é óptima (embora, na minha opinião, este Óscar pertencesse a Roger Deakins pela fotografia de ‘The Assassination of Jesse James…’) e o score, a cargo Jonny Greenwood dos Radiohead, é dissonante e magnífico (infelizmente, o facto de incluir um pequeno trecho de uma obra clássica impediu que fosse incluído na corrida ao Óscar para Melhor Banda Sonora).
No entanto, não é um filme fácil. É desconcertante, amargo e emocionalmente frio. De qualquer forma, a interpretação de Daniel Day-Lewis é absolutamente inacreditável, ele domina por completo o ecrã, o filme e a história. Por mais que me doa a alma por, mais uma vez, não terem dado o Óscar a Johnny Depp (algum dia terão de o fazer), era inevitável que este ano o homenzinho dourado não fosse parar (novamente, diga-se) às mãos deste senhor. O filme pertence-lhe. É, de facto e sem sombra de dúvidas, a interpretação masculina do ano. Será o filme do ano? Não me parece. Mas um dos cinco melhores? É, sim senhor.

Edite Queiroz