Realizador: David Lynch
Com: Laura Dern, Jeremy Irons, Justin Theroux
Já se sabe quando se vai ver filmes de Lynch - não são de facil digestão. Ainda por cima quando este tem 172 minutos.
É contada a história da veterana actriz Nikki Grace, Hollywood e o cinema servem como pano de fundo (como já em Mulholland Drive). O resto é o costume de Lynch: Portas que dão acesso ao futuro, ao passado, a espaços longinquos e a outras realidades. O espectador perde-se e quando começa a entrar no enredo duma história, Lynch corta e tece outra.
No fim fica a mesma pergunta de sempre: sobre o que afinal foi este filme? É um filme que precisa mais de um visionamento, mas com 172 minutos, para mim não será num futuro breve.
Deste filme ficam para mim como momentos fortes a família de coelhos que, falando de coisas banais como "Hoje não houve telefonemas", são acompanhados de risos enlatados e criam um clima grotesco, com a banda sonora a reforçar esse sentimento. É um filme que brinca com as nossas emoções.
Recomendo? Não, é demasiado confuso e longo. Prefiro rever Estrada Perdida e Mulholland Drive...
6 comentários:
172 minutos??????????????????
Tenho uma desculpa à "Era jovem e precisava o dinheiro" - era domingo e não tinha mais nada para fazer ;-)
E fizeste tu muito bem. Eu e uma amiga minha também queríamos ver este filme, mas 172m é muita fruta!
Sim, será melhor rever o Lost Highway e o Mullholland drive. Eu tenho uma teoria para o primeiro, tele-transporte!!!!
"Mulholland Drive", peço desculpa...
Tenho outra teoria - um pesadelo em forma de circulo com direito ao nosso próprio Mefistofeles. Quantas vezes não fazemos coisas impossiveis nos sonhos sem nos preocuparmos com as personagens? O que conta é o enredo (algo que se perde um bocado no Inland Empire).
E o "Mulholland Drive" é a caixa de Pandora...
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