sexta-feira, 25 de janeiro de 2008

Atonement (Expiação)


Ver o mundo por diferentes perspectivas. Custa fazer isso na vida real, quanto mais no cinema. Ver o mundo pelos olhos de uma criança de 13 anos e depois vê-lo pelos olhos de outras pessoas. Sentimos já um ciúme da irmã mais nova, que projecta o seu amor no namorado da irmã. Começamos por detestá-la pelo que fez, não entendemos o seu fascínio, ou melhor, condenamo-lo. Quantas vezes os actos de uma criança têm consequências futuras? Confundir sexo com violência, ver aquilo que queremos e não o que na realidade vimos.
Ao início Cecília parece fria, snob, elitista, mas entendemos que, no fundo, não quer ceder. Entendemos, quando finalmente cede. O crime paira, a tensão sexual existente no jantar é óbvia, mas não revela grande importância visto que, o inevitável acontece. Todos entendem quem é o verdadeiro criminoso, mas o que importa, se o acusado é outro. E seguem-se sequências da guerra, sepulturas colectivas, exaustão, loucura, a vontade de voltar para casa…
O melhor? O argumento e as belas interpretações. Não sou fã da Keira Knightley, mas nem só dela vive este filme. Tiro o chapéu a todas as interpretações: Keira Knightley, James Mcavoy, Saoirse Ronan, Romola Garai.. Aliás, Briony é encarnada por três grandes interpretações, uma delas nomeada para os célebres…
Para pessoas que não leram o livro, como eu, a expiação nunca existiu, o pecado permanece…

1 comentário:

Olga disse...

Eu vi o filme e adorei!